A prática clínica infantil constitui-se em grandes desafios para o psicanalista. Embora a Psicanálise seja a clínica do sujeito, a clínica com crianças nos coloca frente a algumas questões relevantes. Receber uma criança para tratamento já nos coloca diante da interrogação: de quem se trata, quando se trata de uma criança?
Há que se considerar a relação de transferência, fundamental num processo analítico, atravessada por algumas especificidades que são diferentes para o sujeito adulto. A demanda, comumente, não nos chega enquanto demanda da criança, mas do casal parental, de um técnico ou de uma Instituição. Sendo necessário que haja um desdobramento transferencial para possibilitar o surgimento da demanda da criança.
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